sexta-feira, 5 de junho de 2009
doença rara
A neurofibromatose tipo 1 é uma doença progressiva que afeta primariamente o crescimento celular de tecidos neurais e possui diferentes classificações: doença neurocutânea, facomatose, neurocristopatia, síndrome de predisposição hereditária ao câncer e síndrome macrossômica. Tem incidência de 1 em 3.500 nativivos e é uma doença autossômica dominante com penetrância completa. Além disso, apresenta expressividade variável, entre diferentes famílias, entre diferentes indivíduos de uma mesma família e entre diferentes segmentos de um mesmo indivíduo.
Entre as manifestações clínicas principais estão as manchas ovóides de cor uniforme café-com-leite e margens bem definidas; e as sardas, principalmente inguinais e axilares, que têm entre 1mm e 3mm de diâmetro e ocorrem agrupadas geralmente em regiões de superposição de pele. Os neurofibromas são tumores da bainha dos nervos periféricos e podem ser discretos ou plexiformes.
Os neurofibromas discretos são massas focais bem definidas que normalmente aparecem na puberdade e podem estar associados a prurido. Podem ser classificados como cutâneos ou subcutâneos. Os plexiformes envolvem múltiplos fascículos ou ramos de nervos e podem crescer exageradamente, apresentando degeneração maligna, tumores malignos da bainha dos nervos periféricos – TMBNP, que podem ser classificados como difusos ou nodulares.
Os nódulos de Lisch são hamartomas pigmentados na íris, geralmente bilaterais e aparecem após os 10 anos, sem causar comprometimento da visão, e com a detecção feita por lâmpada de fenda. Os gliomas ópticos são classificados como astrocitomas pilocíticos grau I (WHO I), normalmente benignos e indolentes. O maior risco de aparecimento ocorre nos 6 primeiros anos. Têm uma incidência maior em meninos e menor na raça negra. As lesões ósseas características são escoliose displástica, pseudoartrose tibial e fibromas ossificantes.
Para que o diagnóstico seja feito, o paciente deve apresentar dois ou mais dos critérios desenvolvidos pela US NIH – Consensus Development Conference (1988), apresentados na Tabela 1. Esses critérios têm alta sensibilidade e especificidade em adultos.
Critérios Diagnósticos
•6 ou mais manchas café-com-leite maiores que 5mm em indivíduos pré-puberais ou maiores que 15mm depois da puberdade;;
•2 ou mais neurofibromas de qualquer tipo ou 1 ou mais neurofibromas plexiformes;
•Sardas axilares ou inguinais;
•Tumor na via óptica;
•2 ou mais nódulos de Lisch;
•Lesão óssea característica;
•Um parente de primeiro grau afetado (com um parente cumprindo 2 dos critérios acima).
Outras alterações neurológicas incluem déficit cognitivo, alterações de coordenação motora, alterações de comportamento e/ou psiquiátricas, cefaléia, epilepsia, estenose de aqueduto, alterações cerebrovasculares e OBNIS – objetos brilhantes não identificados, que aparecem na ressonância magnética de encéfalo, sem apresentar efeito de massa ou realce após o contraste. Alterações esqueléticas podem incluir também: baixa estatura, macrocefalia, genu varum/valgum, deformidade esternal, displasias vertebrais, displasia da asa do esfenóide e displasias craniofaciais.
Entre as alterações cardiológicas estão hipertensão arterial sistêmica idiopática ou relacionada com feocromocitoma ou estenose da artéria renal por neurofibroma, cardiopatias congênitas e vasculopatias. As alterações endócrinas mais comuns são as puberais (puberdade precoce ou tardia) e a exacerbação da doença durante a gravidez.
A NF1 é uma síndrome de predisposição hereditária ao câncer e entre as neoplasias mais comuns estão os tumores malignos da bainha dos nervos periféricos – TMBNP, que devem ser suspeitados quando há dor ou alteração de tamanho ou consistência de um neurofibroma plexiforme. O risco cumulativo para um portador, durante sua vida, de desenvolver TMBNP é de 8% a 13%. O tratamento é cirúrgico.
Os gliomas não-ópticos, quando ocorrem, têm risco de malignização maior do que o da população
O gene da neurofibromatose está no cromossomo 17q11.2, tem 60 Exons numerados de
O mRNA é expresso em todos os tecidos com três isoformas: a primeira com o Exon 23a incluso, associada à diminuição da atividade catalítica enzimática e não encontrada nos feocromocitomas; a segunda com o Exon 48a, encontrada nos tecidos musculares e a terceira com o Exon 9a incluso, encontrada no cérebro durante a embriogênese.
A proteína neurofibromina tem 2.818 aminoácidos, 327 kDa e atua em vias de proliferação e sinalização celular. Apresenta uma região de homologia com a família de proteínas ativadoras de GTPase (GAP), com o domínio relacionado a GAPs (GRD) e atua na regulação de ras, proto-oncogene que, quando ativo, atua no crescimento celular e controle da apoptose. Com a neurofibromina truncada, ras não é inativado e há desregulação no crescimento celular.
Mutações foram encontradas no gene NF1 em pacientes com neurofibromatose por meio de várias metodologias. A análise do DNA, domínio GRD, permite a detecção de 20% de mutações e a análise da proteína por PTT – teste da proteína truncada – detecta 70% das alterações, confirmadas posteriormente por seqüenciamento direto. Já foram descritos vários tipos de alterações: alterações cromossômicas, deleções de todo o gene, vários Exons ou microdeleções, inserções e mutações de ponto, geralmente restritas à família. A mais recorrente delas é a C5839T no Exon
O acompanhamento de um paciente com NF1 deve incluir história familiar, avaliação oftalmológica, radiografia de esqueleto, ultrassonografia de abdome e, em casos especiais, tomografia computadorizada de crânio e triagem para feocromocitoma. Deve ser anual para adultos e semestral para crianças, realizado por uma equipe multidisciplinar familiarizada com a história natural da doença.
Existem poucos estudos clínicos para tratamento. Estudossexta-feira, 3 de abril de 2009
Trabalho de Fisica
Neste site encontrei informações falando sobre as leis da física.
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/leis-de-newton/index-leis-de-newton.php
Neste site avia falando tudo sobre as lei de Newton.
http://www.cursodefisica.com.br/experimentos/termofisa/termofisa01.htm
neste site havia a seguinte experiência:aquecendo o fundo de um copo plástico e verificando a transmissão de calor.