sexta-feira, 5 de junho de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=YU4QhQgYrQw&feature=related

doença rara

A neurofibromatose tipo 1 é uma doença progressiva que afeta primariamente o crescimento celular de tecidos neurais e possui diferentes classificações: doença neurocutânea, facomatose, neurocristopatia, síndrome de predisposição hereditária ao câncer e síndrome macrossômica. Tem incidência de 1 em 3.500 nativivos e é uma doença autossômica dominante com penetrância completa. Além disso, apresenta expressividade variável, entre diferentes famílias, entre diferentes indivíduos de uma mesma família e entre diferentes segmentos de um mesmo indivíduo.

Entre as manifestações clínicas principais estão as manchas ovóides de cor uniforme café-com-leite e margens bem definidas; e as sardas, principalmente inguinais e axilares, que têm entre 1mm e 3mm de diâmetro e ocorrem agrupadas geralmente em regiões de superposição de pele. Os neurofibromas são tumores da bainha dos nervos periféricos e podem ser discretos ou plexiformes.

Os neurofibromas discretos são massas focais bem definidas que normalmente aparecem na puberdade e podem estar associados a prurido. Podem ser classificados como cutâneos ou subcutâneos. Os plexiformes envolvem múltiplos fascículos ou ramos de nervos e podem crescer exageradamente, apresentando degeneração maligna, tumores malignos da bainha dos nervos periféricos – TMBNP, que podem ser classificados como difusos ou nodulares.

Os nódulos de Lisch são hamartomas pigmentados na íris, geralmente bilaterais e aparecem após os 10 anos, sem causar comprometimento da visão, e com a detecção feita por lâmpada de fenda. Os gliomas ópticos são classificados como astrocitomas pilocíticos grau I (WHO I), normalmente benignos e indolentes. O maior risco de aparecimento ocorre nos 6 primeiros anos. Têm uma incidência maior em meninos e menor na raça negra. As lesões ósseas características são escoliose displástica, pseudoartrose tibial e fibromas ossificantes.

Para que o diagnóstico seja feito, o paciente deve apresentar dois ou mais dos critérios desenvolvidos pela US NIH – Consensus Development Conference (1988), apresentados na Tabela 1. Esses critérios têm alta sensibilidade e especificidade em adultos.

Critérios Diagnósticos

6 ou mais manchas café-com-leite maiores que 5mm em indivíduos pré-puberais ou maiores que 15mm depois da puberdade;;

2 ou mais neurofibromas de qualquer tipo ou 1 ou mais neurofibromas plexiformes;

Sardas axilares ou inguinais;

Tumor na via óptica;

2 ou mais nódulos de Lisch;

Lesão óssea característica;

Um parente de primeiro grau afetado (com um parente cumprindo 2 dos critérios acima).

Outras alterações neurológicas incluem déficit cognitivo, alterações de coordenação motora, alterações de comportamento e/ou psiquiátricas, cefaléia, epilepsia, estenose de aqueduto, alterações cerebrovasculares e OBNIS – objetos brilhantes não identificados, que aparecem na ressonância magnética de encéfalo, sem apresentar efeito de massa ou realce após o contraste. Alterações esqueléticas podem incluir também: baixa estatura, macrocefalia, genu varum/valgum, deformidade esternal, displasias vertebrais, displasia da asa do esfenóide e displasias craniofaciais.

Entre as alterações cardiológicas estão hipertensão arterial sistêmica idiopática ou relacionada com feocromocitoma ou estenose da artéria renal por neurofibroma, cardiopatias congênitas e vasculopatias. As alterações endócrinas mais comuns são as puberais (puberdade precoce ou tardia) e a exacerbação da doença durante a gravidez.

A NF1 é uma síndrome de predisposição hereditária ao câncer e entre as neoplasias mais comuns estão os tumores malignos da bainha dos nervos periféricos – TMBNP, que devem ser suspeitados quando há dor ou alteração de tamanho ou consistência de um neurofibroma plexiforme. O risco cumulativo para um portador, durante sua vida, de desenvolver TMBNP é de 8% a 13%. O tratamento é cirúrgico.

Os gliomas não-ópticos, quando ocorrem, têm risco de malignização maior do que o da população em geral. Também é comum a ocorrência de neoplasias hematológicas, principalmente leucemias e linfomas não-Hodgkin. Os feocromocitomas têm forte associação com NF1, geralmente acometem as adrenais de indivíduos adultos e são bilaterais em 10% dos casos e malignos em 10%. Podem causar HAS, sudorese, taquicardia, vertigens. O aumento da epinefrina está associado à HAS intermitente e ao aumento de norepinefrina. Outros tumores que ocorrem associados à NF1 são carcinóides, rabdomiossarcomas, tumores da crista neural e tumor de Wilms.

O gene da neurofibromatose está no cromossomo 17q11.2, tem 60 Exons numerados de 1 a 49, sendo que 3 deles - 9, 23a e 48a - apresentam splicing alternativo. No Intron 27b, encontram-se 3 genes transcritos na direção oposta do gene NF1, EV12A, EV12B, OMGP. O NF1 tem alta taxa de mutações novas e existem vários pseudogenes, em outros cromossomos.

O mRNA é expresso em todos os tecidos com três isoformas: a primeira com o Exon 23a incluso, associada à diminuição da atividade catalítica enzimática e não encontrada nos feocromocitomas; a segunda com o Exon 48a, encontrada nos tecidos musculares e a terceira com o Exon 9a incluso, encontrada no cérebro durante a embriogênese.

A proteína neurofibromina tem 2.818 aminoácidos, 327 kDa e atua em vias de proliferação e sinalização celular. Apresenta uma região de homologia com a família de proteínas ativadoras de GTPase (GAP), com o domínio relacionado a GAPs (GRD) e atua na regulação de ras, proto-oncogene que, quando ativo, atua no crescimento celular e controle da apoptose. Com a neurofibromina truncada, ras não é inativado e há desregulação no crescimento celular.

Mutações foram encontradas no gene NF1 em pacientes com neurofibromatose por meio de várias metodologias. A análise do DNA, domínio GRD, permite a detecção de 20% de mutações e a análise da proteína por PTT – teste da proteína truncada – detecta 70% das alterações, confirmadas posteriormente por seqüenciamento direto. Já foram descritos vários tipos de alterações: alterações cromossômicas, deleções de todo o gene, vários Exons ou microdeleções, inserções e mutações de ponto, geralmente restritas à família. A mais recorrente delas é a C5839T no Exon 31. A maior parte das deleções intragênicas tem origem materna e as mutações de ponto, origem paterna. Poucas correlações entre o genótipo e o fenótipo existem: as microdeleções parecem aumentar o risco para TMBNPs e grandes deleções estão associadas a um fenótipo mais grave, talvez por envolver outros genes. Nos tumores, foi verificada a inativação do alelo normal, por perda de heterozigosidade, o que levou à classificação do gene NF1 como um gene supressor de tumor.

O acompanhamento de um paciente com NF1 deve incluir história familiar, avaliação oftalmológica, radiografia de esqueleto, ultrassonografia de abdome e, em casos especiais, tomografia computadorizada de crânio e triagem para feocromocitoma. Deve ser anual para adultos e semestral para crianças, realizado por uma equipe multidisciplinar familiarizada com a história natural da doença.

Existem poucos estudos clínicos para tratamento. Estudos em fase I de lesões sintomáticas foram feitos com talidomida, com redução do tamanho dos neurofibromas em 1/3 dos casos e melhora dos sintomas em 1/3; inibidores orais da farnesil transferase, sem redução do tamanho dos neurofibromas; e estudos clínicos fase II foram realizados com fumarato de cetotifeno, sem redução do tamanho dos neurofibromas e com melhora dos sintomas em alguns pacientes; e ácido retinóico ou interferon alfa, com melhora sintomática em 14% dos casos e redução em 8% dos casos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Trabalho de Fisica

http:/pt.wikipedia.org/wiki/categoria:leis_da_f%c3%Adisca
Neste site encontrei informações falando sobre as leis da física.
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/leis-de-newton/index-leis-de-newton.php
Neste site avia falando tudo sobre as lei de Newton.
http://www.cursodefisica.com.br/experimentos/termofisa/termofisa01.htm
neste site havia a seguinte experiência:aquecendo o fundo de um copo plástico e verificando a transmissão de calor.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Meu orkut

Cearamor_john@yahoo.com.br

terça-feira, 24 de março de 2009